Grupo de pesquisa vinculado ao CULT lança revista no Desfazendo gênero e se compromete a fazer a segunda edição do evento em Salvador

 

 

O grupo de pesquisa Cultura e Sexualidade (CUS) foi criado em 2007 e está vinculado a Universidade Federal da Bahia, ao Instituto de Humanidades, Artes e CIencias Professor Milton Santos, ao programa Multidisciplinar em Cultura e Sociedades e ao Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura ( CULT ).

O CUS lança na próxima sexta-feira, dia 16 de agosto, a o projeto da Periódicus – revista de estudos indisciplinares em sexualidades e gêneros. A publicação, que contará com um Conselho Editorial composto por pessoas reconhecidas no Brasil e no exterior (ver lista abaixo), será lançada oficialmente no Seminário Internacional Desfazendo Gênero, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal. Na abertura deste evento, realizado na noite da última quarta-feira, foi anunciado oficialmente que a sua segunda edição, em 2015, será organizado pelo CUS, na Universidade Federal da Bahia, em Salvador.

A primeira edição da revista Periódicus, que terá o objetivo principal de divulgar, traduzir e fomentar os estudos queer realizados especialmente no Brasil, no restante da América Latina e nos países da península ibérica, deverá estar disponibilizada online até o final deste ano no   http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revistaperiodicus

O Brasil assiste, pelo menos desde os nos últimos cinco anos, a uma grande expansão dos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero em nossas universidades. A proliferação e a consolidação de eventos acadêmicos específicos desta área comprova que está ocorrendo um “boom” de pesquisas sobre sexualidades em todas as áreas do saber. O Desfazendo é uma prova disso. Mas, apesar dessa expansão, ainda existem poucas revistas acadêmicas específicas para acolher essas produções”, justificou o professor, pesquisador do CULT  e coordenador do CUS, Leandro Colling.

Política Editorial

Na revista serão publicados apenas textos que dialoguem de alguma forma com os estudos queer. Isso não quer dizer que autor@s precisarão utilizar apenas reflexões conceituais e teóricas realizadas pouco antes ou depois de fevereiro de 1990, quando Teresa de Lauretis nomeou, pela primeira vez, um conjunto de estudos iniciados a partir de meados da década de 1980 de teoria queer, que sofre influências de um conjunto de autor@s ligad@s ao que se convencionou chamar de pós-estruturalismo e à filosofia da diferença.

A revista entende por estudos queer todos os trabalhos, independente de quais autor@s serão utilizad@s, que problematizem as normatizações, normalizações e naturalizações sobre a diversidade sexual e de gênero, em especial as que envolvem a heterossexualidade compulsória e a heteronormatividade, aqueles que focam as suas análises na crítica aos binarismos nas orientações sexuais e nas identidades de gênero, nas formas dissidentes de viver as múltiplas sexualidades e os infinitos gêneros que existem em nossa sociedade. Serão priorizados trabalhos que evidenciem e problematizem os chamados “regimes de verdade” sobre as sexualidades e os gêneros, em especial aqueles que também realizem conexões das sexualidades e dos gêneros com outros marcadores sociais das diferenças, a exemplo de classe, “raça/etnia”, nível de escolaridade, religião, geração, território etc.

 Mais informações em: http://www.politicasdocus.com/index.php/noticias/item/309-cus-lanca-revista-no-desfazendo-genero-e-se-compromete-a-fazer-a-segunda-edicao-do-evento-salvador

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