SEGUNDO DIA DO SIMPÓSIO SOBRE OS TRABALHADORES DA CULTURA ABORDA ECONOMIA CRIATIVA

SEGUNDO DIA DO SIMPÓSIO SOBRE OS TRABALHADORES DA CULTURA ABORDA ECONOMIA CRIATIVA

Economia criativa, formação na área cultural e os trabalhadores da cultura na cidade de Salvador foram os principais temas abordados no segundo dia do simpósio sobre os trabalhadores e as relações de trabalho vinculadas à cultura, que ocorreu no auditório 2 do PAF V. Os professores Leonardo Costa (UFBA), Renata Rocha (UFBA), Daniele Canedo (UFRB) e Mariella Pitombo (UFRB), fizeram as exposições na mesa, com comentários de Ugo Mello.

Leonardo Costa iniciou abordando as dificuldades da formação de gestores devido à baixa institucionalidade do campo cultural. Costa, ainda menciona que a alta rotatividade na pasta da Cultura no governo federal, que foi comandada por dez ministros ao longo dos últimos dez anos, e as descontinuidades e limitações no governo Dilma no que diz respeito às políticas para a formação na área cultural.

A partir de sua experiência na docência, Renata Rocha relatou como essa baixa institucionalidade acaba fazendo com que alunos de graduação em Produção Cultural optem por migrar para o curso de Jornalismo por receio de não conseguir se posicionar no mercado de trabalho, ainda que o quadro de pouca empregabilidade também esteja presente no mercado jornalístico. A restrição no número de concursos, a alta rotatividade dos produtores em cargos comissionados e a dependência do financiamento público por parte das empresas privadas são alguns dos elementos que tornam a área de atuação menos atraente, segundo a expositora.

Mariella Pitombo discutiu o lugar do artista no imaginário social e como valores celebrados no campo das artes, a exemplo da imprevisibilidade, incerteza, inovação e ausência de rotina, são incorporados pela economia criativa. Ainda citou a Escola Britânica de Artes Criativas como um polo de profissionalização técnica de referência internacional.

Daniele Canedo apresentou diversos gráficos com indicadores sobre os trabalhadores da cultura na cidade de Salvador. Demostrando questões como a captação de recursos financeiros, a escolaridade, a cor e a raça, as funções, a distribuição territorial e a mobilidade urbana dos agentes vinculados à cultura, em sua maior parte concentrada nas áreas da Pituba, Barra e do centro da cidade.

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