Por Thais Felix
“O Enecult é um encontro bem maneiro
Sou brasileiro e preciso acreditar
Que a verdade vai vencer o tal cinismo
Dar um basta no fascismo
E por isso eu vou cantar”
Foi com a ciranda da resistência que o XV Enecult deu início ao encerramento de mais um encontro realizado com muita dedicação, luta e cultura. É importante lembrar que o evento aconteceu em um cenário em que todo o país passa por momentos sombrios, de ameaças constantes a direitos assegurados constitucionalmente, indígenas assassinados, escândalos de um judiciário completamente parcial, a amazônia sendo ainda mais devastada e a educação principalmente a de ensino superior sendo duramente atacada pelo governo Bolsonaro.
Ter a Universidade Federal da Bahia, ou melhor, a Universidade Federal da Balbúrdia, palco de um evento que reúne produções científicas, culturas não hegemônicas, respeito, discussões políticas e progressistas é sobretudo a reafirmação da importância da universidade e de que nós não abriremos mão da defesa desse espaço que é fundamental para o desenvolvimento de um povo soberano.
O XV Enecult contou com uma roda de capoeira e uma ciranda para encerrar mais um ciclo, duas atividades que por si só já representam ancestralidade, luta, resistência e que expressam sem dúvidas que a nossa bandeira é a de menos ódio e mais cultura.
Confira fotos de Dan Figliuolo:
