Cultura e reprodução do imaginário político com recorte racial foi tema no terceiro dia de Enecult

Cultura e reprodução do imaginário político com recorte racial foi tema no terceiro dia de Enecult

Enecult_LizandraSantana_171115_102 Foto de Liz Santana

Texto de Mariana Gomes

Integrando a programação do XII Enecult, na manhã desta quinta-feira, 17, foi realizado o simpósio “Cultura, estrutura, produção e reprodução do imaginário político – um debate sobre a questão racial no Brasil”. Coordenado pelos produtores culturais do Observatório Itaú Digital Ediana Borges e Rafael Figueiredo, a mesa foi composta por Silvio Almeida, presidente do Instituto Luiz Gama, Rosane Borges, professora da Universidade de São Paulo (USP), Fábio Nogueira, professor de Sociologia da Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e Márcio Farias, do Museu Afro Brasil, em São Paulo.

De acordo com Rafael, o simpósio com a percepção do Observatório Itaú Cultural de repensar a instituição do ponto de vista racial, a partir das críticas a uma peça teatral do coletivo Fofos Encenam, que utilizava blackface, prática racista nascida nos teatros de menestréis do final do século XIX. “Essa questão precisava ser tratada de outro ângulo. Precisávamos repensar a instituição do começo ao fim, trabalhar uma resposta que surgisse no dia a dia”, explicou.

Para Rosane Borges, “pensar cultura é pensar dominação, exploração, mas também pensar nas formas que nos assujeitam”. Já Silvio Almeida destacou a necessidade de um debate sincero sobre racismo no Brasil, com o protagonismo negro em todos os espaços. “Nós negros não estamos condenados a falar apenas sobre racismo”, afirmou.

O simpósio dará continuidade nesta sexta-feira, 18, último dia do XII Enecult, com a presença de Deivison Nkosi (UFSP), Goli Guerreiro e Márcio Farias (Nepafro).

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