XI ENECULT – Patrimônio cultural imaterial

Dilemas atuais da salvaguarda do patrimônio cultural imaterial no Brasil

13 e 14 de agosto de 2015, das 9h às 12h, no auditório II PAF V da UFBA, no campus de Ondina, em Salvador – Bahia

COMO PARTICIPAR: 

  • Não há necessidade de inscrição prévia nos simpósios, minicursos e relatos de experiência. O acesso a cada uma dessas atividades será concedido por ordem de chegada, prioritariamente aos inscritos no XI ENECULT até a lotação do espaço. 
  • Após o acesso dos inscritos no XI ENECULT, havendo vaga no auditório, o acesso será liberado ao público em geral, após 15 minutos de iniciada a atividade. 

Ementa: Após 15 anos da promulgação do Decreto n° 3.551/2000, que criou o registro dos bens culturais de natureza imaterial, o Brasil exibe hoje importantes resultados em termos da implementação de políticas de reconhecimento e salvaguarda desses bens em todos os níveis de governo, sendo considerado uma referência internacional neste campo. Contudo, no horizonte de governos, grupos sociais e comunidades detentoras há ainda muitos desafios e dilemas a enfrentar. Propõem-se então organizar o simpósio em duas sessões que focalizem as principais questões que hoje desafiam a consolidação e a sustentabilidade dos processos de salvaguarda dessa dimensão do patrimônio cultural: 1) Integração de políticas, fortalecimento institucional e aperfeiçoamento de instrumentos; 2) Participação social e monitoramento dos efeitos da patrimonialização.

Coordenação: Márcia Sant’Anna (Arquitetura/UFBA)

Programação:

13/08 (quinta) – Definição, reconhecimento e registro do patrimônio imaterial
Expositores: Jurema Machado (IPHAN) e João Carlos Oliveira (IPAC)

14/08 (sexta) – Acompanhamento, dinâmicas e sustentabilidade do patrimônio imaterial
Expositores:
Cecília Londres(IHGB) e Letícia Viana (UNB)

 Expositores:

Jurema Machado (IPHAN)

Nascida em Divinópolis, Minas Gerais, Jurema de Sousa Machado é arquiteta urbanista pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), formada em 1980. Iniciou sua vida profissional em Belo Horizonte na PLAMBEL – Planejamento da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Foi diretora de Planejamento e Patrimônio de Ouro Preto (MG), entre 1993 e 1994, quando coordenou a elaboração do Plano Diretor da cidade. Ainda em Minas, Jurema Machado foi presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA). Entre os anos de 1999 e 2001 atuou na concepção do Programa Monumenta e, entre janeiro de 2001 e setembro de 2012, foi Coordenadora de Cultura da UNESCO no Brasil. Desde outubro de 2012 preside o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.

Letícia Vianna (UNB)

Doutora em antropologia pelo Museu Nacional UFRJ  com especialidade em  antropologia urbana , cultura de massa , folclore , cultura popular, patrimônio imaterial .  É professora universitária , pesquisadora, consultora.  Trabalhou no Centro Nacional  de Folclore e Cultura Popular /Iphan de 2000 a 2006 ; no Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan de 2007 a 2014. Atualmente coordena projeto de pesquisa na área das culturas populares tradicionais no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino Superior /CNPq/UNB

Maria Cecília Londres Fonseca (IHGB)

Licenciada em Letras pela PUC-RJ, Mestre em Teoria da Literatura pela UFRJ e Doutora em Sociologia pela UnB. Professora de Teoria da Literatura na PUC-RJ (1970-1975). Pesquisadora do Centro Nacional de Referência Cultural-CNRC (1976-1979) e Coordenadora de projetos da Fundação Nacional Pró-memória (1979- 1990). Assessora do Ministro da Cultura (1995-1998) e Coordenadora de Políticas da Secretaria de Patrimônio, Museus e Artes Plásticas do MinC (1999-2001). Membro do Grupo de Trabalho do Patrimônio Imaterial (1998-2000) e Representante do Brasil nas reuniões de peritos internacionais, na Unesco, para a elaboração da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (2002-2003). Conselheira do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural (2004-) e Sócia Correspondente do IHGB (2205-).

João Carlos Oliveira (IPAC)

Arquiteto, especialista em Conservação e Restauração de Monumentos e Conjuntos Históricos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). já foi consultor do Programa Monumenta/MinC em Ouro Preto (MG), que atingiu 26 cidades de importância arquitetônico-histórica no país, agregando recuperação e preservação do patrimônio com desenvolvimento econômico e social. Na área de projetos culturais e captação de recursos, participou de restaurações no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

Debatedores:

Eugênio Lins (UFBA)

Professor Doutor Associado IV da faculdade de Arquitetura e urbanismo da UFBA. Doutorado em História da Arte, Universidade do Porto/PT. Pró-Reitor de Extensão da FAUBA 2008/2010. Professor do Programa de Pós-Graduação da Escola de Belas Artes e do Programa de Museologia da UFBA.


Francisca Marques (UFRB)

Pesquisadora na área de etnomusicologia especializada em patrimônio imaterial, método biográfico, educação comunitária e audiovisual. Graduada em Letras com habilitação de Tradutor (UNESP) tem aperfeiçoamento em Teoria Literária pelo Instituto de Estudos da Linguagem (UNICAMP). É mestre em Musicologia (UFRJ) e tem doutorado em Ciências Sociais (Antropologia Social – USP). Trabalha como coordenadora do Laboratório de Etnomusicologia, Antropologia e Audiovisual desde 2003. Desenvolveu vários projetos com parceiros como a UNESCO, o IPHAN e a Associação Cultural do Samba de Roda Dalva Damiana de Freitas. Recebeu prêmios nacionais e internacionais com o Grupo de Rádio Arte, o LEAA/Recôncavo e a Casa do Samba de Dona Dalva (INTERCOM/EXPOCOM, 2004, 2005, Young Digital Creators UNESCO, 2006, 2007, 2008, Arte Negra FUNARTE 2013). É professora adjunta do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (CECULT-UFRB) em Santo Amaro da Purificação, Bahia, na área de Música e Cultura.

Galdino Souza Oliveira (ASSEBA)

Lavrador,sambador ,compositor, vocalista do Grupo Cultural de Samba de Roda Quixabeira da Matinha dos Pretos, o qual tem mais de 25 anos de preservação cultural e em especial samba roda,que já estamos chegando na terceira geração, filho de Dona Chica do Pandeiro e do saudoso Coleirinho da Bahia dono da famosa musica ‘’Alô meu Santo Amaro” gravada por Carlinhos Branws ,Banda Cheiro de Amor e outros. Oriundo da roça aprendeu com o seu pai a lidar com a cultura popular, concluiu o ensino médio e partiu para a cultura, hoje diretor da Associação Cultural Coleirinho da Bahia,Representante da Comunidade Quilombola Matinha dos Pretos,Conselheiro de Cultura de Feira de Santana e recém eleito Coordenador Geral da ASSEBA (Associação dos Sambadores e Sambadeira do Esatdo da Bahia em Santo Amaro Bahia).

Hermano Fabrício Guanaes (IPAC)

Diplomado em Magistério pelo CNMP; bacharel em Direito pela Universidade Salvador; pós-graduado em Direito lato sensu pela Escola de Magistrados da Bahia; Mestre em Preservação do Patrimônio Cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; foi advogado e Consultor Jurídico da Procuradoria do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (2009/2015); Professor universitário; Palestrante e autor de diversos artigos jurídicos publicados na Revistas Jurídicas nacionais; Diretor da Diretoria de Projetos, Obras e Restauração do IPAC.

Mônia Silvestrin (IPHAN)

Historiadora pela UFPR, mestre em história pela USP, especialista em gestão pública pela ENAP, servidora do Iphan há nove anos, atuando sempre na área de patrimônio cultural imaterial. Atualmente é Coordenadora Geral de Identificação e Registro do Departamento de Patrimônio Imaterial – DPI/IPHAN.

Patrícia Reis (UNESCO)

Graduada em arquitetura pela Universidade Federal da Bahia – UFBa em 1995. Especializou-se na mesma universidade, em 1998, em conservação e restauro de monumentos e conjuntos históricos. Em 1999, inicia sua trajetória profissional no Programa Monumenta, do Ministério da Cultura, acompanhando a fase inicial do Programa em Ouro Preto. A partir de 2002, passa a atuar na coordenação central do Programa em temas relacionados com gestão dos sítios históricos, desenvolvimento local e formação profissional na área do patrimônio. Em 2006, torna-se mestre pela UnB. Ingressa no Setor de Cultura da UNESCO em 2008, passando a coordená-lo em outubro de 2012.


Rita Ventura (ABAM)

Carioca casada, 4 filhos, baiana de acarajé desde 2001, Coordenadora Nacional das baianas de Acarajé, Mingau Receptivo e Similares, no segundo mandato, Conselheira de Patrimônio Imaterial Nacional no CNPC, Conselheira do CMCN, Conselheira do Conselho de Cultura do Salvador, Graduanda em Administração.